Na foto - reprodução do Facebook "Acorda Barra do Piraí - os manifestantes conduzem o ônibus precário; cenário que todos conhecem |
A reivindicação dos organizadores da passeata se deu não apenas pela aumento das passagens dos ônibus intermunicipais, mas também ao péssimo estado de conservação dos coletivos. A mobilização teve início na rede social Facebook, onde os participantes da mobilização tiveram a ideia de reunir, em praça pública, os descontentes e apresentar um abaixo assinado que pudesse ser encaminhado ao Executivo Municipal, ao Legislativo, ao Ministério Público e aos diretores da empresa o descontentamento da população.
Cerca de 100 pessoas participaram ainda de uma pesquisa de campo entre os coletivos, que visava colher informações a respeito da opinião popular. Além disso, eles criaram uma comunidade chamada “Acorda Barra do Piraí”, que visa ser um canal entre a sociedade e um meio de fiscalizar a inoperância do transporte público. Para Mário Esteves, esta função deveria estar sendo desenvolvida pelos vereadores.
“Já não é de hoje que a população tem tomado frente de assuntos como estes. É dever do cidadão, mas é obrigatoriedade dos vereadores. Ao longo do meu mandato, venho levantando a problemática e indo mais além, no que cerne ao assunto. Mais além do que isso, o transporte de alunos, o direito de ir e vir dos estudantes – com a retirada do passe livre – e tantos outros temas foram apanhados ao longo desses anos. Parabenizo aos organizadores pela iniciativa e espero que não fique somente neste entrave”, completa.
Ao longo da passeata, jovens e adolescentes – com apitos nas mãos e nariz de palhaço – percorreram as principais ruas do Centro da cidade. Durante o manifesto, eles ainda andaram com um ônibus de papelão que apresentava problemas ao longo da via, simulando as intermináveis queixas dos moradores com relação ao precário estado em que se encontra a frota da cidade.
“Sabemos do impacto financeiro em que uma empresa vive e precisa desse lucro para manter seus ônibus. Mas, conhecemos também que isso não vem sendo realizado na cidade, uma vez que o valor da passagem (R$ 2,65) é um dos mais caros da região e deveria ser empregue na qualidade dos coletivos. E isso não é visto. Precisamos saber como anda a aplicabilidade do edital de concessão e, do contrário, é necessário uma revisão no documento. A população não pode mais sofrer”, completa o vereador, acrescentando que vai propor uma Audiência Pública dos donos do Grupo Santo Antônio, na Câmara de vereadores, para que os mesmos expliquem a problemática envolvendo a empresa e o Poder Público.
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