quinta-feira, 15 de março de 2012

Mário Esteves comenta paralisação dos professores

A IMAGEM DIZ TUDO - Quem não se lembra do professor Raimundo, que se queixava
do baixo salário e, em contrapartida, amava a turma que tinha; esse é o professor
  Prevista para acontecer entre os dias 14 e 16 de março, a paralisação dos professores de todas as três redes de ensino do país parece que não vem ganhando força e nem adeptos. No Rio de Janeiro, por exemplo, os números são contraditórios. Enquanto que o sindicato da categoria diz que 50% dos professores aderiram à greve na capital, por outro lado, a secretaria municipal de Educação da capital frisa que, quase 80% das aulas, seguiram na normalidade.
  Para o vereador Mário Esteves, a pouca adesão dos profissionais de educação se deu pelo fato de muitos deles estarem com medo de sofrer represálias por parte do alto escalão. Na opinião do legislador, os professores precisam se unir para conquistarem suas reivindicações.
  “Os professores só conseguirão aquilo que almejam com uma participação maciça e consciente. Claro que os alunos não podem ficar sem aula. Mas, os professores e demais integrantes das escolas também não podem viver à míngua, com o salário que pagam. Está na hora da categoria fazer como foi feito pelos policiais e bombeiros, levando ao conhecimento das autoridades como eles vivem”, comenta o vereador.
  Os profissionais estão insatisfeitos com o não cumprimento do piso nacional da categoria. O movimento, organizado pela Confederação Nacional de Trabalhadores na Educação (CNTE), e por sindicatos docentes, segue até sexta-feira e também reivindica reformulação dos Planos de Carreira da categoria e elevação dos gastos educacionais brasileiro dos atuais 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 10% até 2022. Além das reivindicações do movimento nacional, os servidores estaduais do Rio de Janeiro pedem reajuste de 36% e a incorporação do "Nova Escola", programa do Governo do Estado que paga gratificações a professores e funcionários de apoio ao magistério.
  Em Barra do Piraí, que possui um dos mais baixos salários destinados aos professores da Rede Municipal de Ensino, a adesão também foi pequena. No entanto, a marcha pretende continuar, segundo representantes do sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe). Segundo Mário Esteves, a problemática se estende ainda mais quando não há um Plano de Cargos e Salários no município, o que torna a situação mais calamitosa na vida destes profissionais.
  “A construção de um Plano de Carreiras dos Profissionais da Educação foi questionada por mim e por muitos vereadores desde que o antigo documento foi cancelado por maioria dos vereadores, no final de 2004. Havia a promessa de um novo, mas nada foi feito, a não ser a enrolação de sempre. Já são oito anos, que deveriam servir para o ganho, e que só significou mais perdas no bolso destes servidores”, critica Mário.
  A Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público foi criada em 2008 e determina um valor mínimo (atualmente está em R$ 1.451) que deve ser pago a professores com formação de nível médio e jornada de 40 horas semanais, sendo um terço desse tempo destinado às atividades extra classe.

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