quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mário Esteves explica por que não se considera de oposição


"Posições contrárias não significam lado oposto ao do governo; queremos o melhor para a cidade", diz o vereador

  Eleito na primeira e segunda legislaturas como o segundo mais votado em Barra do Piraí, o vereador Mário Esteves falou, em entrevista em sua casa, por qual motivo ele não se considera um político de oposição à atual administração. Ao longo da entrevista, Mário deixou explícito que tem uma posição contrária ao do atual Chefe do Executivo, mas que não significa que vá votar  contra matérias favoráveis ao crescimento de Barra do Piraí.
  De acordo com o vereador Mário Esteves, ao longo dos quatro primeiros anos do seu primeiro governo, bem como os dois primeiros deste, o vereador foi solidário a todos os projetos e iniciativas da atual administração. O legislador relembra de propostas que consolidaram a atual gestão como uma das mais promissoras das últimas décadas, como o processo de reurbanização da cidade, e reconhece que teve participação nesta etapa.
  Não posso esquecer do apoio que recebi do prefeito e da reciprocidade entre nossa política. Tanto que fui eleito como o segundo mais votado e, posso dizer, que dobrei minha votação na segunda pelos serviços à população. Se a cidade está mais bonita, com um ar diferenciado, Zé Luiz tem que também agradecer aos vereadores que foram parceiros dele até agora. Como homem público, isso fará parte do seu discurso. Isso eu tenho certeza”, explica.
  No entanto, passados os primeiros quatro anos da administração, com expressiva votação a favor da reeleição de Zé Luiz, Mário Esteves – ainda no grupo político do prefeito – salientou que era hora de avançar e que a segunda gestão deveria servir para dar um fôlego a mais nos demais setores, como a valorização da Saúde, Educação e, principalmente, dos servidores públicos. Este último, conforme disse Mário, ficou esquecido pela administração.
  Conversei por diversas vezes com o prefeito e expliquei que deveríamos alargar este horizonte e que não poderíamos ficar apenas nas questões de urbanização e construção de praças. Agora que a cidade tem um orçamento melhor, com cortes de dívidas realizadas em parceria entre os poderes Legislativo e Executivo, teríamos que ser audaciosos. E foi por isso que venho buscando alertar Zé Luiz naquilo que é certo e na falta de gerenciamento de alguns de seus secretários. Mas, mesmo assim, não me considero de oposição”, frisa Mário.
  Quando o assunto seria uma possibilidade de confrontar com Zé Luiz nos palanques, caso se concretize seu nome como candidato a prefeito, Mário Esteves é enfático ao dizer que o processo é democrático e que a população só tem a ganhar com os nomes oferecidos.
  Estamos numa Democracia e o Brasil não pode regredir. Já passou da hora das raposas velhas da política mandarem e desmandarem nas siglas partidárias. Tenho convicção do que sou capaz e, com minha juventude, posso direcionar um olhar diferenciado sobre o que o município precisa. E outro ponto importante: o Zé Luiz não é mais candidato. Ou seja, é um novo leque para a população escolher. Teremos um processo eleitoral mais dinâmico em 2012”, completa.
  Já sobre o assunto são votos de reprovação ao atual governo, como no episódio das contas de Zé Luiz, que foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), Mário diz que votaria a favor tão somente se o parecer técnico viesse desta forma. Mas, que entende ser de extrema consciência os 13 pontos irregulares advindos da corte estadual.
  Analisei e percebi que não deveria votar a favor das contas do prefeito, uma vez que iria ferir um parecer técnico. É claro que nós, os vereadores, estudamos, avaliamos e percebemos onde o TCE pode ter errado. Mas, no caso da atual administração, foram 13 improbidades e, desta forma, não me restava outra chance, a não ser votar junto com o órgão de fiscalização do estado. Até aí eu mostrei que o processo democrático deve prevalecer”, entende Mário.

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