Demora nas obras do Nilo Peçanha mostra como age o Governo do Estado

Na foto, reproduida do site da Band, a estrutura da Ponte
que nunca acaba; obras servirão como palanque eleitoral
no ano que vem

  A redefinição da reabertura oficial do Colégio Estadual Nilo Peçanha, marcada pelos diretores da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP) só veio para mostrar um cenário desconfortável politicamente aos membros do Executivo Estadual e Municipal. Este foi o comentário feito pelo vereador Mário Esteves neste fim de semana depois de ler a matéria do jornal O Barrense, que traz a reportagem sobre o assunto.

  As obras de readequação, reurbanização e reconstrução do Nilo Peçanha – que é um dos mais antigos colégios de Barra do Piraí – foram anunciadas com êxito pelo Governo do Estado há três anos, quando foram investidos mais de R$ 2 milhões na benfeitoria. O tempo estimado pelo Estado era de um ano e já se foram três vezes mais e nada de uma definição. A atitude gerou revolta nos alunos, pais, professores e direção da instituição. Interpelados, governantes disseram, por várias vezes, que o tempo para a conclusão seria um ou outro. E até agora nada.

  Na semana passada, diretores da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) estiveram no colégio e remarcaram a reabertura oficial mais uma vez, agora para o final do mês de maio. Tal atitude, para o vereador Mário Esteves, não passa de estratégia política do Governo do Estado, que vem tratando Barra do Piraí com certo desdenho e sua população com muito descaso.

  “Temos obras do Governo do Estado em várias partes da cidade e eles comemoram por estes investimentos. Se eles forem concluídos, seria muito bom para a cidade. No entanto, a demora é grande em todas elas e, do aplicado pelo estado em Barra do Piraí há dois anos, nada ainda foi finalizado, a não ser o convênio com a secretaria de Saúde pela reabertura da UTI. Os demais vem sendo tratado com descaso. Asfaltamentos inacabados, ponte que não avança e ruas que seriam revitalizadas sem valores liberados. É um absurdo e já estamos apurando este engodo envolvendo os governos municipal e Estadual”, frisa o vereador.

  Mário Esteves acredita que nem mesmo a fiscalização vem tendo uma atenção maior pelo Governo Municipal, que não sabe dizer aos vereadores quais os motivos pelas demoras. O legislador critica tal postura e espera uma resposta convincente. “Sabemos que é uma jogada política do prefeito para tentar eleger seu sucesso e também do Governo do Estado. No final de 2009 as obras foram anunciadas e, no ano passado, como tivemos eleições, elas começaram. E agora, certamente vão esperar até 2012, quando é ano eleitoral também”, pondera.

  O parlamentar lamenta que a população seja a única prejudica com este jogo político. A constante demora deve ser alvo de investigação do Ministério Público. “Estamos sofrendo com esta situação. Foram problemas com a lama nas chuvas e, agora, com a chegada a estiagem, eles vão sofrer com a poeira. Queremos uma posição contundente do Governo do Estado, que possibilite um planejamento estrutural da prefeitura e retorno direto aos moradores. Resumindo, queremos respeito”, finaliza.