segunda-feira, 28 de março de 2011

Mário Esteves desaprova transposição do Rio Paraíba em São Paulo

A imagem do Piraí mostra a morte do rio; o Paraíba pode sofrer 
caso tenha sua transposição realizada em São Paulo
  Integrante do PMDB Verde – ala desta sigla que defende o meio ambiente -, o vereador Mário Esteves mostrou indignação com a possível transposição do Rio Paraíba do Sul e espera mover a política local contra este desrespeito que o Governo do Estado de São Paulo deseja aplicar, prejudicando, principalmente, municípios do Sul do estado, e diretamente Barra do Piraí.
  Para Mário Esteves, a decisão de buscar recursos hídricos para evitar o colapso do abastecimento de água no estado de São Paulo deveria ser repensado pelo Executivo paulista de outra maneira, não colocando em xeque a problemática no Rio de Janeiro. O legislador não acredita que este projeto possa ser encaminhado mais à frente, porém ele teme que isso vire moda e que outros governantes possam se apropriar da água do Paraíba em detrimento do progresso de outros municípios.
  “Não podemos deixar nossas cidades sofrendo com esta transposição que, para mim, é um crime. Já temos um grande problema que é o direcionamento da água do Paraíba, na barragem de Santa Cecília, para o município de Piraí e, posteriormente, ao abastecimento da cidade do Rio de Janeiro. Não ganhamos nenhuma verba por conta deste uso e sofremos os maiores problemas ambientais devido à pequena vazão para Barra do Piraí e os constantes conflitos gerados por conta do assoreamento deste importante rio”, denuncia.
  Diante desta problemática, o vereador agora prepara para convidar algum representante do Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul ou da Light - que administra Barragem de Santa Cecília - a uma Audiência Pública após o recesso parlamentar. “Temos que ter uma explicação técnica sobre esse processo, pois iremos sofrer graves danos. Existe na Câmara barrense a comissão de meio ambiente e precisamos ser amparados por alguma autoridade que se pronuncie”, declara Mário Esteves.
  O vereador ainda acredita ser possível a pressão popular contra esta iniciativa nos mesmos moldes das que auxiliaram em favor da redução do ICMS ou da privatização da água. “O movimento em favor desta transposição ainda é pequeno. Mas, temos que mostrar nossa posição contrária e que não estamos dormindo no ponto”, finaliza.

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